Uma das principais consequências da Endometriose é a infertilidade
Lançada, em todo o Brasil, pelo Instituto Crispi, a Campanha de Esclarecimentos sobre a Endometriose. Haverá distribuição de folders, realização de palestras, equipes de saúde orientando a população em eventos e mutirões de cirurgias em várias cidades brasileiras.
A Endometriose é uma doença silenciosa que vem causando devastação no organismo feminino e virando caso de saúde pública no Brasil, com acentuado crescimento, principalmente entre as mulheres mais jovens. Como seu diagnóstico é difícil e moroso, muitas vezes é detectada quando invade órgãos da pelve feminina.
A madrinha da Campanha, pelo quinto ano consecutivo, é a atriz Camila Pitanga.
Segundo o ginecologista Mariana Kefalás, da clínica de La Vie Reprodução Humana, no Brasil, por escassez de informação e conhecimento, a doença tem sido detectada até 10 anos depois de seu aparecimento, o que pode mutilar a mulher. “Cerca de 30% dos casos de infertilidade das mulheres do mundo inteiro são causados pela Endometriose, que atinge 15% da população feminina entre 15 e 45 anos”, salienta a especialista.
Os principais sintomas da Endometriose são cólica menstrual intensa, sangramentos na urina ou nas fezes e dor forte durante o ato sexual.
O uso de métodos diagnósticos como a ultrassonografia e exames de sangue, nem sempre consegue definir com clareza a presença desta doença. “É fundamental o exame clínico bem feito, com toque, sentindo as paredes vaginais e as suas relações com os órgãos vizinhos, a mobilidade uterina e a presença de nódulos entre a vagina e o reto. O padrão-ouro para conclusão diagnóstica continua sendo a video-laparoscopia, mas há exames complementares, como ultrassonografia e ressonância da pelve, que podem detectar a forma infiltrativa profunda da doença”.
Os sintomas da Endometriose são dor pélvica (baixo ventre), que se intensifica progressivamente, como cólicas menstruais intensas, dor em cólica fora do período menstrual, dor profunda na relação sexual e dificuldade para engravidar.
A doença. É caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, no peritônio que recobre toda a parede abdominal internamente e em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestino e bexiga. “É fundamental que nós, médicos, tenhamos um ‘pensamento endometriótico’ para tentar mudar o curso desta enigmática doença. As pacientes também devem conhecer esta enfermidade para alertar seus cuidadores. Deste modo, as mulheres estarão atentas à fertilidade e buscarão ajuda antes dos 35 anos, quando os resultados reprodutivos tendem a ser melhores”, finaliza Mariana.
FOTO DIVULGAÇÃO – A ginecologista Mariana Kefalás, da clínica de La Vie Reprodução Humana, revela que a endometriose é uma doença silenciosa que está virando caso de saúde pública no Brasil
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