Práticas integrativas e complementares ajudam na recuperação de pacientes
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Práticas integrativas e complementares ajudam na recuperação de pacientes

Práticas integrativas e complementares ajudam na recuperação de pacientes

Tratamentos como acupuntura e fitoterapia são oferecidos na Atenção Especializada à Saúde em Minas Gerais

Terapias que se somam aos tratamentos convencionais e podem ser utilizadas para auxiliar no tratamento de dores crônicas, ansiedade e  depressão, as Práticas Integrativas e Complementares (Pics) têm sido oferecidas gratuitamente em Minas Gerais como técnica auxiliar na promoção à saúde, reabilitação e recuperação dos pacientes atendidos na Atenção Especializada à Saúde.

Entre as técnicas mais conhecidas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) estão a acupuntura, a fitoterapia, a homeopatia e a terapia floral – todas com abordagens que buscam promover a saúde e ampliar atividades que favoreçam o bem-estar.

Neste mês, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está promovendo a campanha Maio com as Pics, que visa conscientizar usuários do SUS sobre a importância dessas práticas para a saúde.

De acordo com a referência técnica da Coordenação de Práticas Integrativas e Complementares da SES-MG, Paula Oliveira, maio foi o mês escolhido por marcar a data da implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas, construída em 2006 com participação popular na sua elaboração. Nesta edição da campanha, a acupuntura e a auriculoterapia são os destaques.

Exemplos

Na Atenção Especializada à Saúde, o Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares (Nupic) em Brumadinho, por exemplo, acolhe pacientes que já possuem uma patologia instaurada, com uma necessidade de tratamento, recuperação e reabilitação.

É o caso da usuária Noeme dos Reis, moradora da comunidade Melo Franco, no distrito Aranha. Ela demonstra o impacto positivo que as Pics oferecidas pelo Nupic têm na promoção do seu bem-estar.

Ela relata que sofre com dores crônicas na coluna e pernas, além de trombose, que a deixavam com a perna inchada e predisposta a ter erisipela, fato que a obrigava a ficar internada.

No entanto, desde que começou a fazer tratamento com as Pics, Noeme sente alívio nas dores e não precisa mais se internar com tanta frequência. “Eu recomendo aqui para todas as pessoas que precisam, que são bem atendidas e vão ficar satisfeitas. Faço também o floral, para tratar ansiedade. Por causa das dores, eu ficava, às vezes, uma semana internada. O tratamento que eu tenho aqui me ajudou bastante para não ter mais que ir para o hospital”, aponta.

Política estadual

A partir da Política Nacional, Minas Gerais instituiu sua própria política em 2009. “Há semelhanças com a Política Nacional, mas o Estado buscou que ficassem refletidas as peculiaridades do território mineiro, orientando as secretarias municipais de saúde sobre como realizar a implantação das Pics. Minas foi o primeiro estado a ter uma política específica”, ressalta Paula Oliveira. Atualmente, 73% dos municípios mineiros possuem pelo menos alguma das 29 atividades que compõem o rol de Pics.

“As Pics se aplicam quando pensamos, por exemplo, na questão da saúde mental, por conta de insônia, depressão, ansiedade, transtornos de pânico. Também quando pensamos em pacientes com dores crônicas, como mialgias, lombalgias e artrites. Então, é importante essa abordagem da atenção especializada, pensando nessas condições crônicas”, comenta a referência técnica.

Mais informações estão disponíveis no sítio eletrônico: https://saude.mg.gov.br/pics

Reconhecimento 

Coordenadora do Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares (Nupic) de Brumadinho, Zurrma Borsato menciona que a população do município já tinha conhecimento e interesse pelas práticas antes mesmo da formalização da Política Nacional de Práticas Integrativas, em 2006, especialmente devido aos problemas respiratórios causados pelo inverno intenso na região.

O município instituiu, naquela época, o Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares (Nupic). Em 2018, num contexto de consolidação, houve a elaboração de política municipal, de forma a garantir uma estruturação do serviço. Em janeiro de 2019, o Nupic foi importante não apenas no apoio à comunidade, mas também aos profissionais que estavam trabalhando diretamente na resposta à tragédia de Brumadinho.

“As práticas oferecidas incluem auriculoterapia, reiki, massoterapia, acupuntura, arte terapia, escalda-pés, floral, aromaterapia, cromoterapia, uso de óleos essenciais, entre outras. Os pacientes são encaminhados após uma primeira avaliação da Atenção Primária”.

Ela também revela que, durante o período mais difícil da pandemia de covid-19, o Nupic chegou a fazer atendimentos domiciliares, principalmente para pacientes com maior gravidade e idosos.

“A demanda por saúde mental é intensa na região, devido à situação após o rompimento da barragem, além de uma demanda por pessoas que trabalham em atividades rurais e possuem muitas dores crônicas. O Nupic conta com 11 profissionais e atende, em média, 1,4 mil pessoas por mês”, descreve Zurrma Borsato.

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